A Conjunção





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 6

Os (Principais) Aspectos



A Conjunção

janine milward


Uma linguagem reconhecida, 
uma (quase) mesma linguagem,
 a conjugação dos valores entre Arquétipos diferenciados


Primeiramente, veremos o Aspecto mais óbvio, a Conjunção.  Como a palavras mesmo diz, Conjunção é uma conjunção, arquétipos próximos uns aos outros. 

Para a Conjunção, teremos 00 graus,digamos assim. No entanto, sabemos que podemos considerar como conjunção dois ou mais Planetas ou Luminares ou Pontos numa distância de até cerca de dez graus, sem dúvida alguma.

Dentro do exemplo de estarmos caminhando pelas ruas, digamos que a conjunção vai nos colocar unidos a mais uma ou duas ou três ou quatro outras pessoas, ou situações várias, sempre tudo bem próximos a nós, naturalmente.

Sendo assim, de acordo com a índole dos arquétipos envolvidos, digamos assim, poderemos pensar que a conjunção é mais harmoniosa ou menos harmoniosa.  E certamente sempre teremos que levar em conta que não podemos julgar essas questões com pré-conceitos ou julgamentos precipitados.  Sempre devemos levar em conta que foi nossa Alma junto ao Tao da Vida que confeccionou nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral...

Mas é óbvio que uma conjunção, por exemplo, Sol com Vênus, ou Sol com Júpiter, venha nos dar menos dor de cabeça do que uma conjunção Sol com Plutão ou Sol com Urano...

Sabemos que Plutão e Urano são os nitro-glicerinados do Zodíaco, sempre vêm nos falar sobre transformações e regenerações, no caso do Plutão, e de revoluções e cortes abruptos, no caso do Urano.  Sabemos que Vênus e Júpiter são considerados, de uma forma geral, os grandes benéficos do Zodíaco, sempre vêm nos falar sobre nosso desejo projetado e realizado, ou não, em Vênus, e sobre nossas benfeitorias e proteções, em Júpiter.

Planetas próximos ao nosso Sol

De uma forma geral, vemos que Mercúrio está quase sempre próximo ao Sol, seja dentro do mesmo signo ou seja em signo adjuntado, antes ou depois.  É que Mercúrio não se distancia mais do que 28 graus do Sol, é por isso.  Sendo assim, quase sempre, podemos considerar Mercúrio um bom aliado ao nosso Sol.  Então, veremos também a importância de desenvolvermos nossa mente, questão relacionada ao Mercúrio: a Terra é uma Estação de ampliação da mente, de conscientização maior da mesma.

Também poderemos sempre considerar Vulcano um eterno aliado do Sol.  É que Vulcano ainda fica mais próximo à nossa Estrela Maior do que Mercúrio!  É certo que Vulcano vai nos falar de nossa aptidão de podermos usar nossas mãos e nossos dedos, fundamentalmente nossa aquisição de uso do nosso dedo polegar - o que nos levou a uma imensíssima amplitude e ao real desenvolvimento de nossa mente, dentro do Planeta Terra.

Então, eu uso meu Vulcano para ir teclando as letrinhas que vão formando as palavras e os sentidos das mesmas em frases e conceitos que meu Mercúrio vai me ditando  e meu Sol vai formulando da maneira com a qual Janine é se mostra ao mundo!

Se tivermos nosso Sol em um signo e ou Vulcano ou Mercúrio em outro signo, poderemos dizer que temos duas maneiras explícitas de nos comunicarmos com o mundo, de nos apresentarmos mais obviamente ao mundo, ou seja, através do nosso Sol mostramos nossa luz maior e através de nosso Vulcano, como fabricamos manualmente essa luz e através de Mercúrio, como expressamos mentalmente essa luz.

Vênus é a bela do desejo, não é mesmo?  Sendo assim, quando Vênus está junto ao nosso Sol, normalmente, faz com que a pessoa possa sempre estar disposta ou a manifestar seu desejo ou a realizar o mesmo não somente para si como também para seu Outro - pois Vênus sempre está muito voltada para a boa estrutura e materialização da encarnação e para o amor entre as pessoas, sem dúvida alguma.

Marte vai representar nossa ação direta em busca da realização da nossa vida, como um todo.  Sendo assim, Marte e ação poderão ser considerados sinônimos.  Marte junto ao Sol traz um dinamismo realmente muito intenso à pessoa, sem dúvida alguma.  É preciso, no entanto, ter um cuidado imenso para que esse dinamismo não seja atuado de forma desembestada, assim como o arquétipo de Marte volta e meia gosta de atuar...

Saturno representa nossa concretização de encarnação, como um todo.  E por isso mesmo, sempre através de Saturno estaremos vendo nosso lugar de maior responsabilidade a ser atuada em nossa vida.  Quanto o Sol e Saturno estão em conjunção, de uma forma geral, a pessoa tem em sua alma a intenção de realizar sua encarnação de forma bem concretizada, dizer a que veio.  Mozart, o maior músico de todos os tempos, a meu ver, tinha seu Sol ao lado de Saturno, em Aquário.

Quíron é o mestre dos mestres e fundamentalmente, o curador ferido.  Sendo assim, normalmente, temos em Quíron nossas grandes dores de encarnação, dores objetivas e físicas ou dores subjetivas e metafísicas, mas sempre dores.  E por isso mesmo, Quíron sempre nos ensina a fazermos do limão, uma bela limonada.  Quando temos Quíron ao lado do nosso Sol, certamente, estamos dentro de uma encarnação intensamente desafiadora, com obstáculos vários a serem superados, todo o tempo, essa é nossa proficiência de vida - até nos tornarmos conscientes de nossas dores e assim podermos curar nosso Outro, até nos tornarmos mestres em alguma especificidade do imenso campo de atuação planetária.

Urano é sempre revolucionário e por isso mesmo, sempre muito abrupto, em seus cortes inesperados, como se fosse um raio que passa por nossas vidas...  De uma forma geral, quando Urano está junto ao Sol, a pessoa sentirá essa necessidade mais revolucionária e certamente sentirá esses cortes agudos do destino, mas ao mesmo tempo, a pessoa desenvolverá um senso de liberdade e de inovação, de modernidade e de visão futura, muito intenso, realmente.

Netuno é sempre mais sonhador, divagador, espiritual e religioso e artístico, muitas vezes escapista, iludido ou desiludido...  Então, a conjunção do Netuno com o Sol pode levar a pessoa a desenvolver algumas dessas questões mais harmoniosas ou menos harmoniosas, dependendo de sua ampliação de consciência.

Plutão é o transformador de todas as circunstâncias de vida e por isso mesmo é também o regenerador das mesmas.  Tudo sempre está em Eterna Mutação e esse conceito é real, dentro do arquétipo de Plutão.  Sendo assim, quando o Plutão vem unido ao Sol, a pessoa acaba podendo desenvolver os arquétipos de poder, de transformação e de regeneração.  No entanto, é preciso sempre se acautelar muitíssimo em relação a Plutão, pois é o arquétipo que nos aprisiona, nos cativa, mais intensamente no sentido de atuarmos Karmas negativos, ações negativas em nossa vida...., em função do poder nele inserido.

Ísis é a guardiã dos segredos do conhecimento.  Porém, somente podemos alcançá-la realmente e conscientemente e assim trazermos esses conhecimentos para nossa atuação de vida, depois que passamos pelas transformações kármicas e pelas regenerações kármicas de Plutão...  Portanto, quando Ísis está unida ao Sol - e o Sol tem sempre que estar em Leão, signo onde esse arquétipo se encontra já desde muito, muito tempo.... -, a pessoa tem a possibilidade de jorrar ao mundo todo um conhecimento que existe entre o céu e a terra e que a vã mente sequer pode imaginar...  mas isso somente pode acontecer com a verdadeira expansão de consciência, a partir da verdadeira iluminação da consciência, isso é certo.

Lua e Sol

Lua e Sol vivem fazendo um eterno bailado, um arquétipo em relação ao Outro.  Dizem que nossa Lua hoje teria sido nosso Sol de ontem, ou seja, a Lua é sempre tão interiorizada dentro de nós que mais nos parece que nossa recordação de nossa luz maior de uma encarnação do passado que hoje vive intensamente e emotivamente dentro de nosso coração!  Sendo assim, agimos nossa Lua de forma tão natural, tão natural, que nos parece algo já inteiramente agregado a nós mesmos, seria nosso arquétipo mais interiorizado, mais enraizado em nossa Alma...  A Lua é como uma revivência da Alma.

Então, o bailado entre Sol e Lua é realmente interessante.  Quando temos uma conjunção de Lua com o Sol, temos um momento muito próximo à Lua Nova, não é mesmo?

Porém, dentro da conjunção Sol e Lua, ora veremos a Lua atrás do Sol, ora veremos a Lua depois do Sol, em termos de graus, naturalmente.

Se pensarmos bem - dentro da mecânica celeste, na astronomia -, veremos que uma Lua atrás do Sol vai significar um final de ciclo da Lua, a Lua querendo acabar seu ciclo começado 28 dias antes, Lua final de feira, eu diria.  Uma Lua à frente do Sol, vai significar um início de ciclo de Lua, querendo começar seu ciclo de 28 dias de novo, novamente, sempre.

Dizem que a movimentação entre a Lua e o Sol em nosso mapa vai claramente nos indicar que ação maior tomaremos em nossa vida, nessa nossa encarnação de hoje, exatamente dentro do ponto de vista que temos o sentimento exato de que hoje somos nosso Sol e que ontem fomos nossa Lua...

A Lua Nova, Lua à frente do Sol, vai nos indicar uma encarnação com projetos novos, realmente novos, nessa nossa vida de aqui-e-agora.

A Lua Quarto Crescente vai nos indicar que esses novos projetos deverão passar e ultrapassar certos obstáculos, para crescermos mais e mais, dentro de nossa vida de hoje.

A Lua quase Cheia, vai nos indicar que temos em mente o fato de termos ultrapassados esses obstáculos e que podemos buscar uma complementação maior de compreensão sobre a vida, como um todo.

A Lua Cheia vai nos indicar que temos em mente nosso desejo de alcançarmos uma real compreensão sobre a vida, como um todo, e sobre nossa vida pessoal e nosso lugar no mundo, certamente.

A Lua entre Cheia e Minguante, vai nos indicar que temos em mente um desejo e uma ação intensos no sentido de levarmos até o mundo toda nossa compreensão da vida coletiva e da vida pessoal, como um todo.

A Lua Minguante, vai nos indicar que temos em mente uma intenção de irmos finalizando uma série de questões da vida como um todo, dando sentido a cada uma dessas questões e buscando novos valores a serem acionados - depois que todas as questões possam vir a ser solucionadas.

A Lua quase Nova, final de feira, eu diria, vai nos indicar que realmente temos em mente a consideração da finalização dos ciclos da vida, tanto de forma pessoal quanto de forma coletiva, como um todo.

Todas essas questões citadas acima são sentidas subjetivamente mas é certo que são agidas de forma objetiva, em nossas vidas, sem dúvida alguma.

Em Tempo:  Certamente, estaremos comentando mais e mais sobre as questões relacionadas ao Sol e à Lua e suas interações.  Isso acontecerá no Capítulo 9, sob o Tema Os Oito Tipos de Personalidade.

Pontos e Casas

Certamente, existem ainda outros arquétipos que poderão estar próximos ao Sol, como os Pontos de Ascendente e Fundo do Céu e Descendente e Meio do Céu - as Casas Angulares - bem como as demais Casas.  Também encontraremos Pontos como as Partes da Fortuna Pessoal e Social, por exemplo, e demais Partes ou Pontos.  E é certo que o Trem da Vida - em seus Vagões e em sua Locomotiva (Os Nódulos Sul e Norte, Cauda e Cabeça do Dragão) certamente têm imensa importância quando estão juntos ao nosso Sol.

Concluindo:

A conjunção pode ser formada entre dois Arquétipos, ou mais, dentro de um determinado número de graus que podem se espraiar em um ou dois signos. (Quando existem mais de três arquétipos juntos, podemos chamar de Stelium). 

Voltando ao nosso exemplo de estarmos caminhando pelas ruas, a conjunção estaria falando sobre dois ou mais arquétipos que estão fazendo esse caminho de forma conjunta.  Dentro de nosso Risco do Bordado, esses arquétipos funcionam de forma individual, isso é certo, mas também funcionam de forma conjunta, realizando uma fusão de seus conceitos subjetivos e objetivos.  Dentro de nosso Bailado de Arquétipos, eles estão dançando juntos, quer gostem disso ou não...

Novamente, eu insisto: sempre nosso Risco do Bordado, nosso mapa astral natal, é a realização do desejo de encarnação de nossa Alma, junto ao Tao da Criação.  Sendo assim, tudo aquilo que vemos instalado, dentro do Bailado dos Arquétipos, faz parte de questões de vidas passadas que a alma traz para essa vida para ainda serem vivenciadas e atuadas, seja de forma subjetiva ou seja de forma objetiva.  E tudo isso também faz parte do desejo da alma para que seja vivenciado hoje e vá tecendo nosso Risco do Bordado de amanhã, em vida posterior, futura.

Então, como eu disse bem no início desse texto, temos que abolir de nossas mentes esses conceitos julgamentosos e pré-conceituosos sobre aspectos positivos ou aspectos negativos.  São simplesmente aspectos, simplesmente aspectos que nossa Alma achou por bem vivenciá-los nessa encarnação, somente isso.


Alguns Exemplos de Conjunção
dentro de um mesmo Mapa Astral Natal

O Risco do Bordado do Caminhante
(com a devida permissão do mesmo) 





Neste Risco do Bordado, encontraremos alguns exemplos de Conjunção que se mostram bem interessantes:

Primeiramente, nos chama a atenção o Stelium em Áries e em Casa Seis e incluindo o Descendente e ainda a Casa Sete, acolhendo Mercúrio, Vulcano, Marte, Vênus, Sol, Descendente e, um tantinho mais distanciado, o Nódulo Norte, a Locomotiva do Trem da Vida, a Cabeça do Dragão.

E, em Oposição a todos esses fatores, estaremos encontrando outro exemplo interessante de Conjunção: Netuno em Libra junto à Terra libriana, em Casa doze, porém já bem encostados no Ascendente que ainda acolhe, em Casa Um, os Vagões do Trem da Vida, o Nódulo Sul, a Cauda do Dragão libriana.


Em Casa Nove, em signo de Gêmeos, encontraremos a Conjunção entre Pallas Athenas e Urano e ambos estão também formando uma Conjunção com a Lua, já em Câncer.  Eu diria que podemos considerar este tema como um Stelium com Arquétipos cobrindo dois signos contíguos.

Dentro do signo do Leão e cobrindo parte da Casa Dez e da Casa Onze, encontraremos Ísis junto à Ceres e ambos os arquétipos junto a Plutão que também clama pela presença, nesse também considerado Stelium, por Saturno em final do signo de Leão, um tantinho mais distanciado, é verdade, porém fazendo parte deste grupo leonino. 

Eu diria que também Júpiter capricorniano morador de Casa Quatro pode ser considerado como em Conjunção com o Fundo do Céu - mesmo que este Aspecto não esteja assim tão aproximado.

Nesse mesmo sentido, podemos pensar que Quíron sagitariano encontra-se bem próximo à entrada de Casa Três em Sagitário... assim como Plutão leonino encontra-se bem próximo à entrada de Casa Onze leonina.

A verdade é que, em termos da vida pessoal do Caminhante - e portanto podendo ser agregado à nossa leitura e interpretação de seu Risco do Bordado -, todos esses Aspectos de Conjunção apresentados, mais próximos ou mais distanciados, fazem sentido e possuem suas importâncias próprias, dentro dos signos e das Casas astrológicas envolvidos.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti