SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 6
Os (Principais) Aspectos
O
Trígono
janine milward
Méritos
trazidos pela Alma de vidas passadas para nos abençoarem nessa Vida de
aqui-e-agora
O Triângulo da
Terra e o Triângulo do Céu formando a Estrela de Seis Pontas
Para o Trígono, teremos 120 graus - mais ou menos
... Dentro da
cena de rua com seus transeuntes e veículos indo e vindo, poderíamos dizer que
o Trígono vai nos contar sobre encontros extremamente simpáticos que vamos
realizando ao longo do nosso caminho!
Volta e meia, encontramos amigos e decidimos entrar em uma confeitaria
para tomarmos um chá com bolo enquanto conversamos longamente sobre os eventos
mais recentes....
Outras vezes, escutamos uma buzina e alguém,
um amigo querido nos convida para entrar no carro e irmos passear... Também poderemos entrar em uma livraria e lá
ficar por horas nos deliciando com os livros e seus autores... Ou poderemos ficar ouvindo o murmúrio das
águas e o canto dos passarinhos num animado parque em dia de sol de domingo de
verão...
Dizem que a
Alma ao tecer seu Risco do Bordado com a ajuda do Tao da Criação, vai escolher
um momento acolhendo algum Trígono entre arquétipos que ela, a Alma, já bem
teria elaborado e vivenciado e exaurido Karmas e Samskaras - ações e reações normalmente menos
agradáveis - em encarnações anteriores que servem como bagagem dentro dos
Vagões do seu Trem da Vida que a Alma traz para viver nessa vida de
aqui-e-agora, nessa encarnação atual.
E esse ponto de
vista faz sentido, sem dúvida alguma, porque realmente nos sentimos muito à
vontade dentro de nossos Trígonos, em nosso mapa astral.
Porém já
comentamos mais acima - quando conversávamos sobre o Sextil -, que é bem
possível que dentro do Aspecto do Trígono, nossa percepção dos arquétipos
envolvidos e suas situações de vida como um todo, nos parece que tudo é assim
mesmo, ou seja, não nos damos conta que o Trígono é realmente uma grande bênção
em nossa vida, uma real dádiva, um presente dos céus - presente esse que
fizemos por merecer, sem dúvida alguma, em vidas passadas.
Portanto,
poderíamos quase afirmar que os Trígonos são considerados de tal forma
benéficos e simpáticos e agradáveis..., que não tomamos muita consciência sobre
eles, que pena! É preciso que sempre tenhamos boa consciência sobre nossos
Trígonos de forma que possamos continuar avançando em nossa evolução de vida e
de alma!
Mais à frente,
quando estivermos conversando sobre o Aspecto do Quadrado, veremos que
possuímos real consciência sobre os arquétipos e vivências correlatas dos
mesmos em nossa vida! Possivelmente, se
vivenciarmos a fundo tais não tão simpáticos Quadrados..., em próxima vida bem
poderemos tê-los como simpáticos Trígonos!
Então, podemos
realmente pensar que nossos Trígonos de hoje já foram nossos Quadrados de
ontem!
Dharma
O homem se
orienta pela terra
A terra se
orienta pelo céu
O céu se
orienta pelo Caminho (o Tao)
E o Tao se
orienta por sua própria natureza
Lao Tsé, o
Mestre do Tao, assim nos orienta a respeito do Dharma primordial, ou seja, o Tao se orienta por sua própria
natureza..... Podemos, então, entender o
Dharma como sendo a característica essencial
de nosso ser, nossa natureza essencial, nossa própria maneira de ser.
Essa
característica essencial – Dharma -
pertence ao nosso Espírito, desde sempre, e vai sendo trabalhada ao longo de
nossas vivências sucessivas, por nossa Alma, desde sempre.
Também Dharma nos remete à alegria de fazermos
parte de uma coletividade dentro da Criação –
Jiiva - e, com a plena consciência em relação à nossa natureza essencial,
prestarmos nossos serviços a todos os seres – no entanto, sempre voltados para
nossa Unidade essencial, Shiiva.
Dharma é, portanto, plenitude de alegria, a
alegria que reside no fundo de nosso coração.
Através do
tempo e do espaço, do Vazio e da Luz, de nossas Vivências Sucessivas
(re-encarnações), vamos vivenciando cada vez mais a ampliação de nossa mente
até que se torne mente iluminada e infinita. E é através da forma com a qual
vamos vivenciando este processo dentro da Samsara,
a Roda da Vida, as encarnações junto à mutação da Criação, que vamos elaborando
nossa natureza essencial, nosso Dharma.
Então, assim
como acontece com Karmas e Samskaras – ações e reações em potencial
– o Dharma é também algo que vamos
construindo ao longo de nossas vidas sucessivas: o ser essencial, a natureza
própria que existe em cada um de nós, é como uma longa estrada caminhada passo
a passo – com consciência a cada passo. É o Livre-Arbítrio.
- Tao Te Ching,
O Livro do Caminho e da Virtude - Lao Tsé - Capítulo 25
tradução de Wu
Jyh Cherng – Editora Ursa Maior, SP
O
Grande Trígono
O Triângulo da
Terra e o Triângulo do Céu formando a Estrela de Seis Pontas
Quando temos,
no entanto, um Grande Trígono em nosso Risco do Bordado, aí sim, não podemos
nos furtar de realmente sentirmos essa energia intensamente, realmente. Mas mesmo assim, já vi situações ou pessoas
com Grande Trígono de Águas, por exemplo, que apenas se sentiram mais
dispersivos, escapistas, iludidos ou desiludidos, que pena. Porém, bem usado, o Grande Trígono de Águas
pode realmente ser uma energia intensamente importante dentro do Caminho de
maior transcendência da Alma, nessa vida.
Quando temos as
energias arquetípicas em cada um dos cantos da tríade pelo Grande Trígono, aí
então poderemos pensar que nossa Alma realmente tenha elegido essa encarnação
como um momento de real importância em seu crescimento, em sua evolução, dentro
da matéria propriamente dita, dentro da vida na Terra, assim como a conhecemos.
O Grande
Trígono acontece quando três ou mais arquétipos vão estar envolvidos em três
Trígonos que se formam entre si, normalmente incluindo Signos e Casas
correlatas que possuam o mesmo Elemento, as três Qualidades e o mesmo Gênero.
Pode acontecer
que - seja dentro de um simples Trígono ou mesmo dentro de um Grande Trígono -,
que exista o Aspecto formado por graus, sim, mas não exatamente por signos ou
Casas correlatas. Sendo assim, a energia
perde um tanto desse seu sabor tão inefável e dadivoso.
A
Estrela de Seis Pontas
Existe uma
estrela no céu que possui sua correspondência na terra. Essa estrela se
manifesta em cada um de nós - seres com o desenvolvimento da mente que acolhem
a expansão da consciência. A verdade é que cada um de nós é um pedaço de
estrela, somos feitos todos de poeira de estrelas, somos compostos da mesma
composição primordial e mutante do nosso universo. Nosso universo é uma alma
somente - O Uno - que, ao explodir para fazer sua vida surgir, se desfez em mil
pedaços de pequenas almas que viajam suas existências mutantes e vivenciam e
fazem esse universo existir até o seu final, quando novamente se reúnem num
imenso abraço... até que novamente uma nova primavera venha acordar esse
universo a vir-a-ser... É o Eterno Retorno.
O retorno é o
movimento do Caminho
Lao Tse em seu
Capítulo 40 do Tao Te Ching
Então,
inicialmente, esta estrela que desce até nós, que somos nós, é composta da
trindade inicial: o céu, a terra e o homem celestes. Objetivamente, é o Triângulo
com o vértice apontando para o céu.
Num segundo
momento, esta estrela que sobe a partir de nós, que somos nós, é composta da
trindade já mutante: o céu, a terra e o homem terrestres. Objetivamente, é o
Triângulo com o vértice apontando para a terra.
O entrelaçamento
destas duas trindades, a celeste e a terrestre, ou dos dois Triângulos, existe
a partir do desenvolvimento da mente e da expansão da consciência,
fundamentalmente, e coloca o homem marcado pela estrela de seis pontas, a
união, a Yoga, perfeita e plena,
entre o homem, o céu e a terra. É a Sagração do Homem.
A estrela
celeste, em sua trindade, desce à Terra trazendo a alma infinita e universal do
homem que aqui se une com o corpo físico, formando a trindade terrestre, a
estrela terrestre.
A partir da
fusão das duas trindades, concretiza-se o Espírito, aquele que possui seu
cordão umbilical diretamente ligado ao Tao da Criação - anterior à própria
criação que é pelo Tao gerada através do Criador que cria a Criação.
Esse cordão
umbilical que liga o espírito ao Tao da Criação é simbolizado pela corrente - Guruampara - que se instaura através a
mutação da vida bem como através das heranças doadas e recebidas entre mestre e
discípulo.
A plenitude da
realização da estrela de seis pontas, é portanto, o retorno à Fonte Primordial:
é o Homem Sagrado que, após trilhar seu Caminho da Iluminação e seu Caminho da
Liberação, torna-se uma verdadeira estrela - objetiva ou subjetiva - ou seja,
torna-se um mestre, aquele que possui luz própria e assim pode guiar e iluminar
seus planetas, ou melhor, seus discípulos.
Comentários
sobre o Trígono
por signos e
Casas correlatas e naturais
Veja que dentro de cada um dos quatro conjuntos de Trígono, encontraremos
os mesmo Elemento, as Três Qualidades, o mesmo Gênero. Tudo isso traz a bela harmonia e a doce
sintonia entre os arquétipos envolvidos.
Áries (Fogo - Cardinal - Yang - Casa Um)
Leão (Fogo - Fixo - Yang - Casa Cinco)
Sagitário (Fogo - Mutável - Yang - Casa Nove)
Dentro do
Elemento Fogo, sempre encontraremos o acontecimento da vida sendo irradiado, de
forma bem nítida.
Em Áries e na
Casa Um, a vida tem seu estágio inicial, toma sua forma, encarna, adquire sua
personalização. E isso acontece de forma inteiramente natural, sob o Tao da
Criação. Quando acontece o momento da
primavera, não há o que possa resistir permanecendo em ainda inverno. Não, quando a vida acontece, ela chega,
muitas vezes sem avisar, mas sempre chega.
Assim, em Áries
e na Casa Um e dentro do Elemento Fogo - dentro do estágio inicial da vida -
encontraremos a qualidade de novo começo, Cardinal. Seu avanço de ação direta e incisiva sobre a
vida encontra-se dentro do gênero Yang, masculino.
Em Leão e na
Casa Cinco, a vida já adquiriu uma maior maturidade, existe a família como a
estruturadora da mesma, existe a identidade essencial já sendo plenamente
reconhecida, existe a herança familiar, o nome do pai e da mãe. E certamente, em Leão existe a pro-criação
dessa mesma vida. Aqui, encontraremos o
auge do verão, da vida em seu clímax!
Assim, em Leão
e na Casa Cinco e dentro do Elemento Fogo - dentro da maturidade da vida em sua
possibilidade de co-criação da natureza e de pro-criação da espécie e dos seres
- encontraremos a qualidade da Fixação, da permanência dessa mesma vida. Essa re-criação e essa pro-criação
compara-se, se isso for possível, à Criação e à Pro-Criação exercida pelo Tao
da Criação - e dessa forma, encontra-se dentro do gênero Yang, masculino.
Em Sagitário e
na Casa Nove, a vida já passou por seu estágio inicial, já alcançou também sua
plena maturidade - em Áries e Leão - e agora está pronta para expressar ao
mundo todo sua visão sobre todo esse processo.
E ao mesmo tempo, abrir-se para as novas potencialidades de vida a ser
guardada sob o gelo do inverno que não tardará a chegar. Sendo assim, aqui encontraremos a anunciação
do repouso da vida, sim, mas ao mesmo tempo, sua anunciação ao mundo de todo
seu processo vivenciado e compreendido sobre a mesma.
Assim, em
Sagitário e na Casa Nove e dentro do Elemento Fogo - dentro da expressão ampla
de visão sobre a vida como um todo até ali vivenciada e sua possibilidade de
ser guardada para uma nova expressão de si mesma mais à frente - encontraremos
a qualidade de Mutabilidade, do trazer o passado e torná-lo presente para poder
também assistir ao seu futuro. A visão
ampla da vida e sua expressão social e coletiva sobre a mesma, encontra-se
dentro do gênero Yang, masculino.
Touro (Terra - Fixo - Yin - Casa Dois)
Virgem (Terra - Mutável - Yin - Casa Seis)
Capricórnio (Terra - Cardinal - Yin - Casa Dez)
Em Touro e na
Casa Dois e em Elemento Terra, encontraremos aquela vida inicial e espontânea
acontecida em Áries e na Casa Um e a plantaremos, a enraizaremos, a
consolidaremos dentro do Planeta Terra.
É preciso que a vida no Planeta possa durar por muito e muito e muito
tempo. Sendo assim, encontramos sua
Fixação, sua permanência. E tudo isso se
expressa de maneira bastante receptiva, naturalmente: a vida existe em sua
forma criativa porém agrega a si mesma essa criatividade intrínseca através sua
forma Yin, receptiva de ser e de se manter.
Em Virgem e na
Casa Seis e em Elemento Terra, toda a vida inicial e espontânea não somente foi
bem plantada e materializada e enraizada como também ampliou sua mente e criou
suas raízes familiares e re-criou a si mesma e pro-criou, obteve sua identidade
essencial. Dessa forma, agora é tempo de
se preparar para as conclusões talvez mais importantes dessa vida pessoal: seus
cuidados consigo mesmo e com sua encarnação e seu trabalho a ser devotado aos
seres, sua contribuição de serviço entre
os seres. Para tudo isso, é preciso uma
profunda análise pessoal de forma a se aprontar para seu encontro com o resto
dos seres do Planeta.
Existe então,
em Virgem e na Casa Seis, a materialização da vida propriamente dita através
dos cuidados essenciais com a mesma, o Elemento Terra da construção. O término da fase pessoal e o aprontamento da
fase social nos faz encontrar a qualidade de Mutabilidade das energias. Para que tudo isso possa vir a acontecer de
forma plena, é preciso devoção, docilidade, receptividade - que encontraremos
dentro do Gênero Yin, feminino.
Em Capricórnio
e na Casa Dez e em Elemento Terra, a vida que foi plenamente materializada e
trabalhada e cuidado, assume proporções não mais somente em questões pessoais
mas sim em questões inteiramente sociais e coletivas e certamente tudo isso tem
que ser bem consolidado, bem concretizado, bem estruturado, bem administrado -
de forma a permitir não somente a manutenção dessa vida pessoal e social e não
somente a mutabilidade das energias pessoais e sociais e sim também, e
fundamentalmente, seu encaminhar para uma nova realidade: a realidade
planetária como um todo. Sendo assim,
aqui nos encontramos com a qualidade Cardinal.
E para que tudo isso possa vir bem acontecer, a coletividade tem que ser
dócil, receptiva - questão que encontraremos dentro do Gênero Yin, feminino.
Gêmeos (Ar - Mutável - Yang - Casa Três)
Libra (Ar - Cardinal - Yang - Casa Sete)
Aquário (Ar - Fixo - Yang - Casa Onze)
Em Gêmeos e na
Casa Três e em Elemento Ar, encontraremos a mente ainda usufruindo de seu
aspecto pessoal. A vida já aconteceu de
forma inicial e espontânea e já foi plenamente materializada no Planeta. Como tudo é mente sob a Criação, essa mente
surge movimento e inter-agindo os seres entre si, fazendo acontecer a
comunicação e ampliando o conhecimento, o pensamento, a linguagem. Para tudo isso existe o movimento da criação,
que encontraremos dentro do Gênero Yang, masculino. Mas ao mesmo tempo, tudo sempre se encontra
em plena Mutabilidade, em constante crescimento e mutação. Aqui, tudo está pronto em sua fase inicial e
pessoal para a assunção da identidade.
Em Libra e na
Casa Sete e em Elemento Ar, encontraremos a mente já trabalhada desde sua mente
inicial e pessoal e através de sua mente individual também, de forma a poder se
inter-relacionar plenamente com seu Outro.
Existe então uma troca constante de mentes em termos bem mais
socializados, os conhecimentos e os pensamentos são trocados e existe sempre a
necessidade premente de que tudo seja bem balanceado e harmonizado entre
si. Toda esse encontro entre o ser
pessoal e individual com os demais seres pessoais e individuais traz sempre uma
nova realidade, para todos. Sendo assim,
aqui encontraremos a qualidade Cardinal, o novo começo da vida social dos
seres. E porque essa movimentação de
comunicação tem que encontrar sua constância e sua criação, aqui encontraremos
o Gênero Yang, masculino.
Em Aquário e na
Casa Onze e em Elemento Ar, já passamos pela mente pessoal, pela mente
individualizada e bem trabalhada e assumida em sua essencialidade, já passamos
pela mente que se encontra com as demais mentes e se socializa e se abre para o
resto das possibilidades de mentes criando novos conceitos, novos pensamentos,
novos conhecimentos.... até que finalmente, nos encontramos com a fusão, a
síntese de todas essas mentes, de todos esses conhecimentos, de todos esses
pensamentos, de todas essas linguagens, de todos esses povos planetários. E para tudo isso, existe a necessidade de
Fixação, de manutenção e de permanência da cultura do Planeta. Então, aqui encontramos a criação da Mente em
seu sentido mais elevado, dentro do Gênero Yang, masculino.
Câncer (Água - Cardinal - Yin - Casa Quatro)
Escorpião (Água - Fixo - Yin - Casa Oito)
Peixes (Água - Mutável - Yin - Casa Doze)
Em Câncer e na
Casa Quatro e em Elemento Água, encontraremos a
vida tomando forma em suas raízes de berço, de chegada real ao Planeta
em seu ventre familiar, a mãe, o aninhamento, a proteção. Aqui a vida recomeça
num sentido mais individualizado, tem nome e sobrenome, tem suas raízes
nomeadas também. Sendo assim, a
qualidade Cardinal da entrada do verão expressa o amadurecimento do ser sob o
Tao da Criação. E também aqui encontraremos
a necessidade da recepção plena da luz da vida, através o Gênero Yin, feminino,
receptivo.
Em Escorpião e
na Casa Oito e em Elemento Água, a vida já saiu de sua fase de raízes e de
família e tomou sua identidade para si e se fez presente dentro de sua atuação
planetária de trabalhar e de servir e finalmente se aprontou para seu encontro
com seu Outro e tornou-se socializado, como um todo. Sendo assim, existe a Fixação do ser não mais
solitário e sim socializado e compartilhador da natureza da vida com seu
Outro. Dessa forma, a vida recomeça
através do encontro entre o sêmen e o óvulo, prometendo retornar à família de
sua receptividade, nove meses depois, já em Câncer, as águas iniciais... Por isso mesmo, aqui também encontraremos o
Gênero Yin, da receptividade da vida de
uma nova vida. Ao mesmo tempo, a partir
da possibilidade de vinda de uma nova vida também se anuncia seu término.
Em Peixes e na
Casa Doze e em Elemento Água, a vida que teve suas raízes de ventre materno e
planetário e que cresceu e se multiplicou e se encontrou com seu Outro e que
realizou o doce encontro de morte de um ser anterior para a criação de um novo
ser - através o óvulo acolhendo o sêmen - aqui repousa suavemente dentro do
ventre materno - ou do ventre do Planeta - nadando em águas seminais e
intra-uterinas, aprontando-se para a conclusão de um ciclo anterior - de vida
ou de não-vida - para adentrar um novo ciclo - de vida ou de não-vida; findando
o sono do inverno para inaugurar uma nova primavera. Sendo assim, a qualidade da mutabilidade fica
inteiramente evidente e ao mesmo tempo, existe a inevitável receptividade aos
desígnios do Tao da Criação, através o Gênero Yin.
Exemplos
de Trígonos e de Grandes Trígonos
(contrabalanceados por Grandes Quadrados):
Neste mapa,
encontraremos dois exemplos de Grandes Trígonos, a saber:
O primeiro Grande Trígono estará
envolvendo Sol, Vulcano e Mercúrio geminianos e moradores de Casa Nove, com o
Ascendente libriano e com Saturno conjugado aos Vagões do Trem da Vida, em
Aquário e em Casa Cinco.
O segundo
Grande Trígono estará envolvendo Netuno escorpiônico morador de Casa Um, com
Júpiter e Quíron piscianos moradores de Casa Seis, com Meio do Céu e Vênus
cancerianos, este último já em Casa Dez.
O Risco do Bordado do Caminhante
(com sua devida permissão)
Este Caminhante
é um ser que vem desenvolvendo sua consciência em termos de assumir mais e mais
os Dharmas que vem trazendo para esta encarnação - vistos através seus dois
Grandes Trígonos - através os trabalhos que vem desenvolvendo até os dias de
hoje. Inicialmente, teria escolhido a
profissão de comissária de bordo - aliando o signo de Câncer com Vênus e Meio
do Céu ao signo de Peixes, com Júpiter e Quíron em Casa Seis, com Netuno escorpiônico
de Casa Um. Depois, já saindo deste
trabalho, atuou algum tempo como animadora de festas - usando muitíssimo sua
Lua leonina tão histriônica e posicionada em Casa Onze. Mais tarde, abriu uma escolinha de primeiro
grau - fazendo excelente uso de seu Saturno conjugado aos Vagões do Trem da
Vida aquarianos e em Casa Cinco com o Sol e Mercúrio geminianos de Casa
Nove. Então, passou a trabalhar com uma
Ong em favelas no Rio de Janeiro, já atuando enquanto uma assistente social,
digamos assim, atendendo o público feminino - sua Lua leonina esteve super
atuando neste sentido bem como os asteróides femininos todos seguindo o Sol e
Mercúrio, em Casa Nove; e também atuando como contadora de histórias - muito
usando seus talentos de Sol e Mercúrio em Casa Nove. Mais recentemente, recebi um mail dela me
dizendo algo assim: “Hoje fui na
Universidade, mais exatamente no Instituto de Medicina Social. Lá pude ler sobre o mestrado em Ciências
humanas e Medicina. Neste curso existem matérias que muito me interessaram como
questões de gênero e sexualidade.
Percebi, também, que se fizer este curso, posso abordar várias questões
ligadas ao universo feminino.”
Como o Amigo
das Estrelas poderá então perceber, este Caminhante vem, passo a passo,
ampliando sua consciência sobre si mesma, cada vez mais aprofundando-se em seu
auto-conhecimento e conseqüentemente, buscando uma melhor atuação sua dentro de
suas missões de vida a serem vivenciadas no Planeta Terra.
Gostaria também
de chamar atenção sobre o fato de que este Caminhante possui um belíssimo
Grande Quadrado em seu Risco do Bordado, a ser visto através seu Netuno
escorpiônico de Casa Um, seu Saturno conjugado aos Vagões do Trem da Vida
aquarianos e de Casa Cinco, seu Marte taurino de Casa Sete e, finalmente, sua
Lua leonina de Casa Dez já querendo adentrar a Casa Onze e sendo seguida pela
Locomotiva do Trem da Vida, já em Casa Onze.
Eu penso,
portanto, que este Grande Quadrado acaba bem contrabalanceando os dois Grandes
Trígonos comentados mais acima, no sentido de fazer com que este Caminhante não
se deixe enlaçar, digamos assim, pelas pseudos ‘comodidades’ que os Trígonos
podem trazer à vida de uma pessoa. Bem
ao contrário, o Grande Quadrado leva
este Caminhante a estar sempre em busca de suas reais missões de vida!
Outro
Exemplo:
Neste mapa, poderemos ver o Trígono acontecendo entre Mercúrio, Urano,
Vulcano e Sol cancerianos e de Casa Três em relação a Lua conjugada a Júpiter
em Peixes e em Casa Onze. Em acontecendo
em Signos de Elemento Água - mesmo que em Casas de Ar, porém próximas à Casas
de Água -, este Trígono poderia levar o Caminhante a um certo ‘acomodamento’,
digamos assim, em termos do uso de sua mente e de suas ações sociais e
comunitárias e em seus grupos de amigos.
É certo porém, que a mistura de signos de Água com Casas de Ar pode
trazer uma boa conclusão em termos de inter-relação entre sensibilidade
psíquica e racionalidade sendo usada na expressão de comunicação e no bom uso
da mente.
Eu
gostaria, no entanto, apontar para ocaro Amigo das Estrelas, o fato de que
existem dois Grandes Quadrados envolvendo tanto o Sol canceriano quanto a Lua
pisciana e que, nestes casos, acabam retirando qualquer ‘acomodamento’, digamos
assim, que poderia lhes acontecer - caso estivessem apenas envolvidos no
Trígono que fazem entre si.
O primeiro Grande Quadrado pode ser visto através o Ascendente ariano,
com o Sol canceriano já querendo adentrar o Fundo do Céu canceriano; com Marte
(ainda em Casa Seis) e Netuno e Descendente librianos; e finalmente, com a
Terra ainda em Casa Nove já ligada ao Meio do Céu, ambos em Capricórnio.
O segundo Grande Quadrado pode ser visto através Vênus geminiana de Casa
Dois; Saturno virginiano de Casa Seis; Ceres e Parte da Fortuna sagitarianos de
Casa Oito e Quíron sagitariano já em Casa Nove; e finalmente, Lua e Júpiter em
Peixes e em Casa Onze.
Estes atrelamentos do Sol canceriano e da Lua pisciana (que formam um
Trígono entre si) com os dois Grandes Quadrados mencionados, fazem com que
ambos estes Arquétipos não possam repousar em suas ‘comodidades’ e que, bem ao contrário,
estejam sempre atuantes no sentido de
irem ultrapassando os obstáculos que lhes são colocados em seus caminhos, na
vida do Caminhante.
Existe ainda um outro Grande Trígono neste mapa, envolvendo o Ascendente
ariano, com Plutão leonino de Casa Cinco, com Quíron sagitariano de Casa
Nove. Este Grande Trígono também traz um
certo ‘refresco’, digamos assim, à contundência dos Grandes Quadrados
envolvendo o Ascendente e também Quíron.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward