A Oposição





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 6

Os (Principais) Aspectos


A Oposição

janine milward


A Gangorra, a Balança com dois Pratos
 A busca do caminho-do-meio


Para a Oposição, teremos 180 graus - mais ou menos.

Na Oposição, já teremos uma visão diferente daquela que tivemos quando tecíamos nossas considerações sobre a Conjunção - objeto de nossa Décima Aula.

Mesmo que tenhamos apenas dois Arquétipos olhando um para o outro, em frente um ao outro ou mesmo se distanciando um do outro), eles certamente estarão atuando - de uma maneira geral - também falando questões quase, quase similares (assim como vimos dentro da Conjunção).

Porém, essas questões quase, quase, quase similares, podem ser assim chamadas por que - de uma maneira geral - a Oposição se faz com dois ou mais Arquétipos opostos e complementares entre si, ou seja, morando em signos opostos e complementares e em Casas astrológicas opostas e complementares.

Nesses casos, a Oposição estará revelando questões quase, quase, quase similares.  Mas certamente também estará nos revelando o pensamento oposto dos arquétipos entre si, certamente.

Não podemos nos esquecer que poderemos ter conjunções também dentro dessas mesmas oposições, não é mesmo?  Nesses casos, teremos dois ou mais arquétipos caminhando juntos - às vezes, bem cordiais; outras vezes, nem tanto - opostos e complementares a um ou dois ou mais arquétipos em contraposição.  Então, estaremos em frente a uma riqueza e a uma imensa proficuidade de questões a serem comentadas e compreendidas, sem dúvida alguma: cada arquétipo - Luminar, Planeta ou Ponto - possui seu próprio texto, sua identidade própria.  E sabemos também que cada arquétipo, dentro de sua identidade própria, dentro do seu texto, possui um cabedal imenso, infinito mesmo, de possibilidades arquetípicas....

Existem os casos, isso é certo, de que encontraremos oposições onde os signos não são exatamente opostos e complementares e as Casas não são exatamente opostas e complementares.  Quando isso acontece, a Oposição se torna uma Oposição mais nítida ainda, mais acentuada ainda, pois os arquétipos, além de possuírem seus próprios textos e suas próprias identidades, estarão morando em signos ou Casas que poderão entrar em certo conflito entre si - em termos de Qualidades, de Gêneros ou de Elementos.

Assim, seja dentro dos casos de Oposições com arquétipos pertencentes a signos e morando em Casas opostas e complementares, ou seja dentro dos casos de Oposições com arquétipos pertencentes a signos e Casas não opostas e complementares...., sempre uma Oposição será um arquétipo, de um lado, diante de outro arquétipo, de outro lado.  E às vezes, esses arquétipos são cordiais entre si; outras vezes, não.  Quando são cordiais, a Oposição é mais leve, eu diria...  Porém, quando não são cordiais, a Oposição fica bem mais acentuada, bem mais caracterizada como real Oposição.
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Dentro do exemplo de uma rua cheia de pessoas andando de lá para cá e de cá para lá, carros passando, barulho, conversas, encontros e desencontros..., eu diria que a Oposição é constituída de gente que vem - ou vai - caminhando em direção contrária uma à outra.

Uma coisa é certa: na Oposição, podemos ter uma noção clara de quem vem em nossa direção.  Se estivermos num efeito de Conjunção, podemos até comentar com aqueles que estão caminhando conosco, junta a nós, sobre quem vem vindo em nossa direção...   É também certo que tudo isso fica bem mais simples quando todos - uns e outros  - moram dentro de signos e Casas opostos e complementares.  Quando não acontece isso, existe um desajuste maior entre as sintonias dos arquétipos - o que quase forma um Quincúncio, um Aspecto que trataremos mais adiante e que apresenta uma real falta de sintonia.

Dentro de uma partida de pingue-pongue, por exemplo, a Oposição é realmente eficaz: sem isso, não poderia haver o jogo.

Mas a verdade é que tais conceitos acima exemplificados são simpáticos em teoria, a prática é outra história.  Dentro da Oposição de arquétipos em nosso Risco do Bordado, em nosso mapa astral natal, sentimo-nos puxados ora por determinados valores, ora por outros determinados valores - mesmo que todos esses valores, de alguma forma, estejam falando quase, quase, quase, uma mesma linguagem.

Por exemplo: eu tenho meu Saturno, sério e compenetradíssimo, morando em Virgem e na entrada da Casa Seis, correlata e natural a Virgem.... céus, como sou virginiana em meu trabalho!  Adoro horários, ah, fico louca com a falta de cumprimento de horários!

Por outro lado, tenho minha Lua, doce e mutável Lua, morando em Peixes e no final da Casa Onze, já querendo mesmo adentrar minha Casa Doze!

Eu posso estabelecer meu horário de trabalho entre oito da manhã e cinco da tarde, sim, porém, mesmo ainda dentro desse horário, certamente existem várias e várias vezes que eu viajo em meu tapete voador para lugares onde não certamente existem relógios...  Ou por outras vezes, eu tento ir dimensionando o texto dentro de um certo detalhismo, bom português, etc. e tal, e certamente dar conta do trabalho - tudo isso é imperativo para meu Saturno virginiano de Casa Seis.... -, mas também meu texto pode vir a ser um real tapete voador, sim, inteiramente subjetivo porém escrito de forma inteiramente objetiva, fazendo uma mistura entre Saturno virginiano e a Lua pisciana...

Mas acontece também a questão de que a Lua ainda não está em Casa Doze, ela ainda mora em Casa Onze.  Sendo assim, ela faz uma Oposição por graus possíveis, sim, e em signo oposto e complementar, sim, ao outro arquétipo, o Saturno em Virgem na entradinha da Casa Seis... -, mas a Casa Onze está sempre ainda presente dentro do meu arquétipo de Lua.  Então, em outros trabalhos meus - no recebimento dos Caminhantes que vêm ao Sítio das Estrelas, nos Retiros, nos Encontros, nas Aulas, etc, enfim dentro de minha vida grupal e comunitária -, essa minha Casa Onze super funciona dentro dessa Lua pisciana sim, mas ao mesmo tempo o Saturno virginiano da Casa Seis trabalha como um mouro para que tudo fique bem acertadinho, tudo.

Quando tudo termina, minha Lua em Peixes está transcendente e feliz e contente e viaja feliz em seu tapete voador..., tudo porque meu Saturno virginiano trabalhou, ralou, ralou, ralou, ralou.

Então, a intenção parece ser sempre a mesma, o trabalho parece ser sempre único.  Mas a verdade é que o Saturno faz uma coisa e a Lua faz outra coisa - cada um à sua maneira, dentro do seu signo e dentro de sua Casa... - e nem sempre cada um deles sente a boa sensação de que trabalharam juntos, felizes e contentes, nem sempre, nem sempre.
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 Certamente, o relato acima pode exemplificar apenas uma ou duas possibilidades dentro do imenso e infinito leque de possibilidades arquetípicas tanto da Lua quanto do Saturno - que aliás regem signos e Casas correlatos e naturais opostos e complementares.... -, desde que nasci, e mesmo antes, e até minha saída do Planeta Terra, e mesmo depois, estarei atuando essa Oposição de infinitas diferentes maneiras e possibilidades arquetípicas.
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Também tenho uma conhecida que  tem seu Sol em Gêmeos na Casa Um e uma belíssima Lua Cheia em Sagitário, na Casa Sete.  Temos, então, uma Oposição direta entre signos e Casas astrológicas.

Ela é uma pessoa super interessante, gosto muitíssimo dela, super falante, é claro, com dois signos de comunicação tão bem colocados e ela acaba também puxando a comunicação de dentro da gente: sempre que tenho que escrever para ela, eu falo sem parar, a Lua em Sagitário em Lugar do Outro é realmente muito profícua e o Sol geminiano em sua Casa Um está sempre pronto a trocar comunicação, em todos os níveis.  Aliás, ela é uma jornalista de mão cheia.

O interessante a dizer sobre essa Oposição - entre tantas outras possibilidades arquetípicas existentes nesse Sol geminiano versus Lua Cheia sagitariana, em Casas Um e Sete, respectivamente, é que minha amiga acaba por ela mesma - pelo fato do seu elemento maior masculino, o Sol, estar em sua área de seu Eu Sou, a Casa Um - muito assertiva e comandante das situações. Ela é uma pessoa heterossexual mas certamente leva seus relacionamentos afetivos e casadoiros com mão de ferro, eu diria.  E a Lua no lugar do seu Outro, a Casa Sete, acaba fazendo que suas escolhas de namorado ou marido repousem em homens com uma energia de Lua muito intensa, de alguma forma, seja neles mesmos, seja pela relação com a mãe ou com a relação de com suas ex-mulheres, ex-namoradas, mais ou menos assim. 

E também é interessante dizer que essa moça super adora atuar como mãezona de seus namorados ou marido, super mãezona mesmo, coisa da Lua dentro de sua forma de lidar e atuar com as outras pessoas, sua Casa Sete. Como seu Sol está em Casa Um, ela acaba sendo a cantadora de galo do casal - e certamente isso lhe traz algumas questões não muito simpáticas, em sua vida - coisas da Oposição.


Comentários sobre a Oposição
por signos e Casas correlatas e naturais


Áries (Fogo, Cardinal, Yang)  e Libra (Ar, Cardinal, Yang)
  Casa Um - Casa Sete

Em primeiro lugar, sempre Áries vai nos revelar nosso Eu Sou primordial, toda nossa singularidade, nossa forma primeira e essencial e natural de ser e de agir.... e a Casa Um, juntamente com o Ascendente, também ratifica essas questões. Então, por estarmos falando de reais novos começos, veremos que a Qualidade Cardinal tem seu lugar e também o Elemento Fogo vem nos falar do fogo primeiro que faz realizar a vida, o fogo do Espírito, a bola de fogo do Planeta Terra,  Quando o Espírito está relacionado, teremos a energia Yang funcionando a todo vapor, a energia primordial e contínua da Vida como um todo.

Em Libra, por outro lado, sempre teremos a revelação do nosso Nós Somos, toda nossa pluralidade¸meu lugar de encontro com meu Outro, seja de forma mais pessoal e íntima dentro do casamento, seja de forma mais impessoal nas associações e inter-ações coletivas de forma geral.  Sendo assim, encontraremos dentro do Descendente e da Casa Sete a grande síntese do sujeito que teve seu Eu Sou essencial a partir da Casa Um e que foi se construindo pessoalmente e em sua identidade ao longo das Casas seguintes, Dois, Três, Quatro, Cinco e Seis, e que, finalmente, dentro da Casa Sete está pronto para enfrentar a Sociedade, como um todo.  Por isso mesmo, estamos diante de um novo começo, daí também Libra ser Cardinal.  Estaremos nos encontrando com nosso Outro e por isso a comunicação tem que ser realizada pluralmente: por  isso agora nos encontramos com o Elemento Ar.  E como tudo isso vai revelar a vida essencial do nosso Outro junto a nós, encontraremos o Gênero Yang.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Fogo e Ar são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de expansão.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.


Touro (Terra, Fixo, Yin) - Escorpião (Água, Fixo, Yin)
Casa Dois - Casa Oito

Em primeiro lugar, sempre Touro vai nos falar de nossa estruturação, de nosso enraizamento dentro do Planeta Terra.  A verdade que penso realmente que é a Terra, nossa Mãe-Gaia a boa regente do signo de Touro, sem dúvida alguma.  É aqui na Terra que encontramos a plenitude da materialização, o lugar perfeito para realizarmos nossa encarnação.  E tudo isso vem nos falar do signo de Touro.  Em Touro, encontraremos o Elemento Terra, aquele que nos propicia a estruturação perfeita e bem materializada.  E também encontraremos a Qualidade Fixo, ou seja, tudo isso realmente existe em sua plenitude; nossa vida existe bem fixada, a natureza existe bem fixada, a Terra existe e o Universo existe.  O Gênero Yin sempre se apresenta de forma bastante criativa e procriativa: assim como vemos toda a natureza que tem vida.

A Casa Dois não apenas vai nos contar tudo aquilo que lemos acima mas também vai nos trazer a consolidação, a fixação de nossa vida de forma tal que - como seres pensantes - temos que buscar dentro da natureza e dentro da integração de valores da mesma e dentro da inter-ação desses valores com as outras pessoas - questões que veremos dentro da Casa Três e em Gêmeos -, tudo aquilo que precisamos para bem estruturar nossa vida dentro do Planeta, ou seja, nossa alimentação, nosso vestuário, nossa casa física e mais tantas outras coisas.  Sendo assim, a partir de nossa forma essencial de ser em Áries e dentro da Casa Um, descobrimos nosso dom natural e essencial para buscarmos nossos valores terrenos que nos tragam nossa sustentação de vida.  assim, trabalhamos e ganhamos nosso ouro, nosso dinheiro para bem podermos realizar nossa vida planetária.

No entanto, dentro da natureza como um todo que encontramos no Planeta Terra e também no Universo inteiro nosso conhecido, sempre veremos que tudo, tudo, tudo, se encontra em Eterna Mutação.  Somente o Tao, Deus, não entra em mutação. Toda a Criação entra em mutação, sempre, infinitamente e eternamente.  E tudo isso vem nos falar do signo de Escorpião.  Em Escorpião, encontraremos o Elemento Água: é que dentro desse signo vamos realizar nossa fusão plena com nosso Outro - questão já realizada em Libra e dentro da Casa Sete -, ou seja, haverá a realização da cópula para que haja a perpetuação da espécie.  E a vida sempre começa a partir da Água.  Escorpião e a Casa Oito correlata vem nos falar do Revirão da vida através da fusão entre o espermatozóide e o óvulo e de outras tantas formas que isso acontece dentro do reino da natureza como um todo.  E em Escorpião vamos encontrar a Qualidade Fixo: novamente estaremos falando de existência constante, como um todo.  E vamos também encontrar o Gênero Yin: aqui a vida se recria e recria, sempre em Eterno Retorno.

Nosso universo vai todo o tempo se reencarnando em si mesmo, é a alquimia das estrelas.  Somos todos, tudo na natureza, proveniente dessa alquimia e dessa reencarnação estelar.  Isso é Escorpião e Casa Oito.

E certamente dentro da Casa Oito, encontraremos nosso Outro usando seus dons naturais e essenciais para fazer ganhar sua vida de sustentação planetária, ou seja, nos deparamos como a riqueza do nosso Outro.  Podemos dessa riqueza do nosso Outro advir - dentro da riqueza Planetária, por exemplo - ou não - dentro da riqueza pessoal de cada um.  Porém, podemos ter essa riqueza compartilhada com nosso Outro, de forma mais pessoal ou de forma mais impessoal.

Em  resumo, encontraremos em Touro e em Escorpião e nas correlatas Casas Dois e Oito, Elementos afins - Terra e Água - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Terra e Água são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de assentamento, de interiorização.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.


Gêmeos (Ar, Mutável, Yang) - Sagitário (Fogo, Mutável, Yang)
Casa Três - Casa Nove

Em primeiro lugar, sempre em Gêmeos e em sua correlata Casa Três haveremos de nos encontrar com todas as circunstâncias advindas de nosso estar planetário junto às outras demais pessoas.  Inicialmente, constatamos nossa tribo, nossa família dentro dessa tribo, nossa casa e nossos parentes dentro da tribo, da rua, do bairro, da cidade - enfim, tudo aquilo que nos rodeia mais proximamente.  Então, em Áries, tudo tem seu início, em Touro, tudo encontra sua estruturação e materialização planetárias, em Gêmeos tudo tem sua inter-ação entre os seres e a natureza.

Também dentro dos Gêmeos e da Casa Três correlata, encontraremos nosso uso de mente e, conseqüentemente, nosso uso de dedos e mãos e braços e nos movimentamos, nos trocamos, nos comunicamos - criamos dentro de nossa inter-ação constante e próxima nossa linguagem constante e próxima, nossa língua natal, nossos hábitos, costumes, jeito de ser.  Nos locomovemos para interagir com  as pessoas, nossa rua, nosso bairro, nossa Cidade, nosso Estado, nosso País, nosso Continente.  Nos trocamos todo o tempo, criamos o comércio, a inter-ação dentro das trocas.

Sendo assim, dentro dos Gêmeos e da Casa Três, todo o tempo o Elemento Ar existe atuando na linguagem que se expande, na movimentação que se expande, na troca e no comércio que se expande, na locomoção que se expande, no conhecimento que se expande, na inter-ação constante e próxima que se expande e vai tomando mais espaço, maior distância, um ir-e-vir sempre se ampliando mais e mais.  Toda essa energia é produtiva em vida, sim, por isso vem dentro do Gênero Yang.

Por outro lado, quando essa expansão atinge um movimento cada vez mais amplo, uma linguagem cada vez mais ampliada com a fusão das outras linguagens, costumes cada vez mais sabedores dos costumes dos outros povos que são cada vez mais visitados, trocas e comercialização cada vez mais ampliadas para os demais portos e os demais lugares do mundo, a locomoção alcança a ligeireza das pernas e das canelas e tornozelos, os meios de comunicação se expandem para alcançar tudo aquilo que está mais distante, os meios de locomoção e movimentação também se expandem para chegarem a novos mundos, novos continentes, novos países......, quando tudo isso toma a consciência plena que coletivamente, a Terra é povoada por vários povos e países e culturas e linguagens e pensamentos e conhecimentos outros,.... nos encontramos com o signo de Sagitário e com a Casa Nove.

No entanto, esse sentimento intenso e real de expansão advém do Elemento Fogo, energia de plenitude de expansão.  E novamente tudo é tão criativo e pungente dentro da vida que nos depararemos com o Gênero Yang.

Tanto Gêmeos e Casa Três quanto Sagitário e Casa Nove são de Qualidade Mutável.  Todas essas questões mencionadas acerca da família próxima, da vicinitude, da comunicação, da locomoção, da movimentação, das trocas e comercializações, da linguagem pessoal e coletiva, do pensamento e dos conhecimentos pessoais e mais coletivos - tudo isso e mais ainda - sempre estão em constante mutabilidade, sempre.  Tudo isso sempre está encontrando uma determinada finalização de contexto para que novos contextos possam vir a acontecer: isso é certo dentro da Qualidade Cardinal que sempre encontraremos dentro de Câncer e Casa Quatro e Capricórnio e Casa Dez, que seguem signos e Casas Mutáveis.

Em  resumo, encontraremos em Gêmeos e em Sagitário e nas correlatas Casas Três e Nove, Elementos afins - Ar e Fogo - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Ar e Fogo são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de expansão.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.

Em Câncer e na Casa Quatro, o indivíduo dá novo início à sua manifestação de identidade pessoal, ele tem sua família e suas raízes, cria e procria e finalmente se dedica a uma função que o vá inserir dentro do Serviço entre os seres, o Trabalho.  Por isso vemos a Qualidade Cardinal funcionando a todo vapor.

Em Capricórnio e na Casa Dez, o indivíduo não somente se completou a si mesmo como um todo como também já se encontrou com seu Outro, com seu Outro compartilhou de bens e com seu Outro aprendeu a expandir sua visão de mundo e da vida e dos conhecimentos e dos pensamentos. As fases pessoais e de identidade e de socialização já estão completas e estabelecidas.  De agora em diante, a partir da Casa Dez e de Capricórnio, esse indivíduo encontra sua identidade coletiva, social ampla e planetária.  Por isso vemos a Qualidade Cardinal abrindo novos rumos.

Em  resumo, encontraremos em Câncer e em Capricórnio e nas correlatas Casas Quatro e Dez, Elementos afins - Água e Terra - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Terra e Água são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de assentamento, de interiorização.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.



Câncer (Água, Cardinal, Yin) - Capricórnio (Terra, Cardinal, Yin)
Casa Quatro - Casa Dez

Em primeiro lugar, sempre em Câncer encontraremos nosso lugar de entrada e de enraizamento na encarnação e no Planeta - juntamente com nossa família nuclear e pessoal ou social ou coletiva ou mesmo planetária.  Também assim vamos considerar nossa Casa Quatro.  Como estamos tratando de vida, de manifestação de vida, em Câncer e na Casa Quatro estaremos falando das águas primordiais da vida: as águas seminais e intra-uterinas e maternais, o leite da mãe e da Terra, das águas alimentadoras do Planeta, pura água da chuva que cai sob a Terra e que se faz brotar em olhos-d’água que se transformam em rios, lagos, em Câncer, e que vão recolher os dejetos da natureza em Escorpião e que finalmente se fundem no imenso oceano dos Peixes.  Câncer e Escorpião e Peixes são todos signos de água: começo de vida em Câncer, antes do começo da vida em Peixes, durante a vida em Escorpião e em seus revirões, e novamente final de vida em Câncer e em Peixes.

Na Casa Quatro, temos nossos pés fincados no Planeta, sustentando nossa cabeça, que mora em nossa Casa Dez, nos fazendo seres verticais e tendo em nossa horizontalidade nosso Eu Sou - a Casa Um - e nosso Nós Somos - a Casa Sete.  Dessa maneira, dentro dos signos correlatos, Câncer e Capricórnio, Áries e Libra, respectivamente, encontraremos a Qualidade dos novos começos, Cardinal.

Quando se trata de Água, temos o Gênero Yin; o mesmo se dá quando se trata da Terra, do Elemento Terra, em Capricórnio e na Casa Dez correlata.

Em Capricórnio e na Casa Dez correlata, opostos e complementares ao Câncer e a Casa Quatro correlata, o Elemento Terra nos apresenta a consolidação, a concretização, a estruturação real de nossas metas e intenções de realizações dentro de nossa encarnação.  Nos signos de Terra anteriores: em Touro encontramo-nos enraizados planetariamente e estruturamos nossa necessidade de vivência sobre o Planeta; em Virgem nos devotamos a um Trabalho, ao serviço entre os seres pois a Terra é um Planeta de Trabalho e de Iluminação e é em Virgem que se dá o Trabalho.  Já em Capricórnio tudo isso já está inteiramente assentado e sendo realizado e toda a sociedade precisa então de ser bem orientada, estruturada, administrada.

Sendo assim, em Câncer e na Casa Quatro, encontramos o indivíduo adentrando suas raízes pessoais e familiares, se alimentando, se nutrindo, se protegendo, se aninhando, formando sua casa e sua família.  Em Capricórnio e na Casa Dez, encontramos o indivíduo sendo organizado e administrado e conduzido dentro da Sociedade como um todo.

Em Câncer e na Casa Quatro, o indivíduo dá novo início à sua manifestação de identidade pessoal, ele tem sua família e suas raízes, cria e procria e finalmente se dedica a uma função que o vá inserir dentro do Serviço entre os seres, o Trabalho.  Por isso vemos a Qualidade Cardinal funcionando a todo vapor.

Em Capricórnio e na Casa Dez, o indivíduo não somente se completou a si mesmo como um todo como também já se encontrou com seu Outro, com seu Outro compartilhou de bens e com seu Outro aprendeu a expandir sua visão de mundo e da vida e dos conhecimentos e dos pensamentos. As fases pessoais e de identidade e de socialização já estão completas e estabelecidas.  De agora em diante, a partir da Casa Dez e de Capricórnio, esse indivíduo encontra sua identidade coletiva, social ampla e planetária.  Por isso vemos a Qualidade Cardinal abrindo novos rumos.

Em  resumo, encontraremos em Câncer e em Capricórnio e nas correlatas Casas Quatro e Dez, Elementos afins - Água e Terra - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Terra e Água são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de assentamento, de interiorização.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.


Leão (Fogo, Fixo, Yang) - Aquário (Ar, Fixo, Yang)
Casa Cinco - Casa Onze

Sempre em primeiro lugar, vamos encontrar em Leão e na correlata Casa Cinco nossas questões voltadas para quem somos nós dentro de nossa real identidade.  Qual é o nosso nome pessoal e familiar, de quem somos herdeiros, o que nossa família natal pode vir a nos doar.  Ao crescermos, iremos encontrar em Leão e na correlata Casa Cinco nossa honra e dignidade, nossa consciência, nossa luz.  Tudo isso é manifestado através do nosso poder de criação e de procriação.  Na criação, imitamos a Criação de Deus, nos tornamos co-criadores.  Na procriação, doamos aos nossos filhos seus nomes pessoais e familiares, suas heranças familiares, tudo aquilo que podemos - enquanto família e estrutura de raízes que vimos em Câncer e na Casa Quatro - doar aos nossos filhos ou  à humanidade como um todo, deixando nossa herança.

Todas essas questões acima comentadas nos falam do fogo da criação da vida e por isso mesmo aqui encontraremos o Elemento Fogo.  Em Áries e na Casa Um, o Fogo nos apontava para o início da vida, a personalidade mais óbvia dentro da encarnação propriamente dita.  Porém, em Leão, tudo isso toma a forma de uma Identidade essencial, tem nome e sobrenome, cria e recria, procria, deixa sua herança, sua marca no mundo.  Assim também podemos considerar a Casa Cinco.

E porque tudo isso existe e é, aqui vamos encontrar a Qualidade Fixo.  E porque tudo isso cria e recria, aqui vamos encontrar o Gênero Yang.

De forma oposta porém complementar, se em Leão temos a Identidade essencial e pessoal, o nome e sobrenome pessoal e familiar, em Aquário tudo isso assume a Identidade coletiva e planetária e amplamente socializada.  Não existem mais nome e sobrenome, existe o Povo, a comunidade, o grupo, o Planeta.

E certamente existe uma intensa inter-ação dentro do Povo e entre os povos, comunidades, grupos e socializações da vida como um todo.  O conhecimento não é mais singular, é sempre plural, coletivo, socializado, sintetizado de todos os Povos, do Planeta.

Em função de tudo isso, encontraremos o Elemento Ar ainda aliado ao Gênero Yang - porque continuam as criações e recriações e as procriações  - não mais de forma apenas pessoal e singular como aquela que encontramos dentro do Leão e da Casa Cinco mas sim, certamente, coletiva e plural, dentro da Casa Onze e de Aquário.

E porque tudo isso pertence e vive e é, existe, também encontraremos a Qualidade Fixo.

Em  resumo, encontraremos em Leão e em Aquária e nas correlatas Casas Cinco e Onze, Elementos afins - Fogo e Ar - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Fogo e Ar são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de expansão.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.


Virgem (Terra, Mutável Yin) - Peixes (Água, Mutável, Yin)
Casa Seis - Casa Doze

Em primeiro lugar, sempre em Virgem e na correlata Casa Seis, iremos encontrar o Trabalho, o Serviço, a purificação da encarnação, da matéria, do corpo físico, da natureza.

De Áries e Casa Um até Virgem e Casa Seis, o indivíduo passou por todas suas fases pessoais e de identificação de si mesmo e de sua preparação para inter-agir entre os demais seres, fundamentalmente buscando o verdadeiro porquê de sua encarnação, através de seu Trabalho.

Agora, o indivíduo está pronto para se encontrar com seu Outro e se inserir socialmente: toda sua trajetória pessoal está finalizada e bem assentada.

Sendo assim, em Virgem e na correlata Casa Seis encontraremos o Elemento Terra buscando o bom assentamento do indivíduo pessoalmente, o aprontando para sua introdução à sua fase social, já em Libra e na Casa Sete, inter-agindo com seu Outro, já dentro do Elemento Ar, das trocas.

E por serem Virgem e a correlata Casa Seis questões voltadas para a finalização de contextos e ciclos pessoais para abrir novos ciclos a seguir, ciclos sociais, essas energias são consideradas Mutáveis, ou seja, finalizadoras de ciclos, aprontando para novos ciclos a serem realizados, já dentro da Qualidade Cardinal, em Libra e correlata Casa Sete.

De forma oposta e complementar, encontraremos Peixes e a correlata Casa Doze que nos apresentam o indivíduo que passou por suas fases pessoal e de identidade essencial, depois social e depois planetária.  E por ter cumprindo toda sua trajetória, aqui encontraremos a finalização do tudo, do todo e do nada e o aprontamento para novos começos.  Sendo assim, aqui nos deparamos novamente com a Qualidade mutável.

Porém, em Peixes e na Casa Doze também encontramos o Elemento primordial da vida - nesse caso, do fusionamento da vida de identidade singular que se perde em si mesma para se fundir com a totalidade da Criação - porém sempre conservando a Vida: a Água.

Trazendo consigo a Água do fusionamento com a totalidade da Criação e o cumprimento de toda a trajetória de missão de encarnação, dentro dos Peixes e da Casa Doze iremos nos encontrar com a Iluminação.  São energias mais transcendentes que já deixam para trás a materialização da encarnação em si e já se aprontam para um novo rumo de continuidade de vida, em outras dimensões de vida - sem nunca deixar de ser vida.

É certo que o Gênero encontrado em Virgem e em Peixes é Yin, receptivo porém intensamente atuante dentro das finalizações de ciclos e aprontamento para novos começos, seja ainda dentro da encarnação como um todo, seja para novas dimensões a serem adentradas e vivenciadas.

Em  resumo, encontraremos em Virgem e em Peixes e nas correlatas Casas Seis e Doze, Elementos afins - Terra e Água - e as mesmas Qualidades e o mesmo Gênero.

Não podemos nos esquecer que os Elementos Terra e Água são simpáticos e bem entrosados entre si, são elementos de assentamento, de interiorização.

Com tudo isso, podemos então concluir que essa Oposição oposta e complementar nos aponta direcionamentos diferenciados sim, em alguns aspectos, porém por outro lado, nos aponta para direcionamentos bastante semelhantes - haja visto que encontramos Elementos com afinidade simpática e encontramos Qualidades e Gêneros iguais.





Um Exemplo de Oposição:



Neste mapa, estaremos encontrando um exemplo de Oposição bem interessante:  O Ascendente libriano vem cercado de Arquétipos em Casa Doze e em Casa Um - Netuno e Terra librianos em Duodécimo Cenário e os Vagões do Trem da Vida, o Nódulo Sul, a Cauda do Dragão, em Primeiro Cenário de Vida.  E todo esse conjunto de arquétipos, formando um Stelium, faz o Aspecto de Oposição a um outro conjunto de arquétipos, um outro Stelium, formado por Mercúrio, Vulcano, Marte, Vênus, Sol e Descendente arianos e ainda, a Locomotiva do Trem da Vida, o Nódulo Norte, a Cabeça do Dragão em Casa Sete!

Este caso é bem interessante pois que, em primeiro lugar, em sendo o Ascendente Libra e o Descendente Áries e o Fundo do Céu, Capricórnio, e o Meio do Céu, Câncer..., este mapa se apresenta o inverso do posicionamento correlato e natural entre Signos e Casas Astrológicas!  E, em segundo lugar, tudo isso fica muitíssimo marcado, enfatizado - fundamentalmente no Ascendente e no Descendente e suas vizinhanças - em função da presença de muitos arquétipos extremamente importantes em termos do Sol e dos Planetas Pessoais e em termos da presença do Transcendente Netuno ao lado da Terra.  Tudo isso faz com que este Caminhante seja uma pessoa extremamente voltado para suas questões primordiais e práticas de vida... porém, ao mesmo tempo e por outro lado, seja também extremamente voltado para suas questões mais transcendentes e subjetivas de vida.  Uma de suas grandes missões de vida, a meu ver, seria a de buscar sempre exercer o caminho do meio, buscar pelo fiel da balança de dois pratos entre seu Eu Sou e seu Nós Somos e ter a boa consciência do fato de que seu Eu Sou engloba, naturalmente, seu Nós Somos e de que seu Nós Somos engloba, naturalmente seu Eu Sou do seu Outro junto ao Caminhante - tudo isso em função do Ascendente, Eu Sou, em Libra, signo do Nós Somos; e do Descendente, Nós Somos, em Áries, signo do Eu Sou.


Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti